EM OPERAÇÃO INÉDITA, BOINGS 747 TROUXERAM AO AEROPORTO DE CABO FRIO EQUIPAMENTO PARA USINA NUCLEAR

No último dia 27 de fevereiro, a Eletronuclear recebeu, no Aeroporto Internacional de Cabo Frio, dois voos fretados com peças e equipamentos destinados à próxima parada de manutenção da usina nuclear Angra 1, prevista para abril. A operação, considerada inédita pela companhia, movimentou aproximadamente 90 toneladas de carga, vindas de Miami, nos Estados Unidos, em três aviões Boeing 747-400F da companhia aérea norte-americana National Airlines. O primeiro voo aterrissou em Cabo Frio no dia 24 de fevereiro.

A escolha do Aeroporto de Cabo Frio para receber a operação, após um rigoroso processo de seleção, foi elogiada por Eduardo Valle, presidente do Conselho de Administração da Aeropart SA, que administra o aeroporto. "É motivo de grande orgulho para toda a nossa equipe participar desse projeto crucial para o setor energético do Brasil", declarou.

Após o desembarque em Cabo Frio, os equipamentos foram transportados por caminhões até a usina, em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense. O transporte aéreo foi necessário devido às dimensões da carga e ao tempo limitado para a utilização dos equipamentos na parada de manutenção. O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, destacou a importância dessa operação: “A parada de Angra 1 será usada para cumprir algumas das condicionantes da renovação da licença por mais 20 anos. Isso demandou uma operação inédita, envolvendo equipes técnicas e de logística internacional”.

A operação teve um custo estimado de R$ 8 milhões e envolveu o transporte de 3.900 itens, distribuídos em 34 volumes, incluindo dez contêineres de 20 pés. Essa parada de manutenção faz parte de uma série de atualizações que a usina passará até 2044, após a renovação da licença pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), realizada em novembro de 2023. As melhorias incluem modernização de sistemas, troca de equipamentos e aprimoramentos nos protocolos de segurança.

Histórico de Angra 1

Angra 1 é a primeira usina nuclear do Brasil e entrou em operação comercial em 1985. Com uma capacidade de 640 megawatts, a usina gera energia suficiente para abastecer uma cidade com dois milhões de habitantes, garantindo fornecimento ininterrupto de eletricidade ao sistema elétrico nacional.